Lançamento de livros

Confira abaixo as informações sobre os livros que serão lançados no IV Dcima:

1 - Amazônia Oriental Brasileira: história, migração e região - organizado por professores do curso de História do campus da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) em Xinguara. A publicação é resultado de três anos de pesquisas realizadas pelos professores Lucilvana Ferreira Barros e Roberg Januário dos Santos, por meio de projetos de pesquisa e ensino desenvolvidos a partir de editais vinculados à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Propit) da Unifesspa.
O livro traz uma série de importantes trabalhos sobre uma área da Amazônia brasileira ainda em processo de definição conceitual e de conhecimento sobre sua formação territorial e identitária, a saber a Amazônia Oriental, visto situar-se em um espaço de fronteira. A ideia primária de produzir um material sobre a história da região partiu do projeto de ensino Novas Perspectivas para o ensino de História local e regional em Xinguara: diálogos entre a Universidade e a educação básica, iniciado em 2016, no âmbito das escolas municipais de Xinguara e esteve ancorado no grupo de pesquisa Núcleo de Estudos Culturais em História, Historiografia e Ensino de História da Amazônia, liderado pelos organizadores da obra.
Publicado pela editora paranaense CRV, o livro conta com dez capítulos distribuídos em três eixos temáticos principais: História, região e ensino; Migração, fronteira e a luta pela terra no sul e sudeste do Pará; História, inclusão e resistências.
2 - Heterogeneidades discursivas na Amazônia Oriental Brasileira: relações de poder e resistências - A coletânea resulta de esforços teóricos mobilizados pelos autores e autoras que participaram, em 2016, da avaliação das dissertações defendidas e em andamento nalinha de pesquisa "Produção discursiva e dinâmicas socioterritoriais na Amazônia" do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia-PDTSA, vinculado à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará -Unifesspa.
Os trabalhos reunidos analisam representações discursivas das relações que se instauram nas dinâmicas sociais na Amazônia, voltados para a heterogeneidade discursiva, procurando apreender as tensões produzidas no jogo das relações de poder e de resistência ou emancipação. Não há, portanto, o intuito de apresentar homogeneidades teóricas do campo de discurso.
Como o leitor poderá constatar, os autores dialogam, em seus trabalhos aqui apresentados, com o pensamento de diferentes autores, todos eles preocupados com a produção de sentidos sobre o mundo e fatos no mundo, ainda que em campos de investigação distintos e nem sempre no domínio propriamente de Análise de Discurso de vertente francesa. Por isso mesmo, participam do debate aberto pelos pesquisadores autores como Mikhail Bakhtin, Michel Pêcheux, Michel Foucault, Michel de Certeau e outros pensadores brasileiros que com aqueles dialogam.
3- Cartografias Discursivas - Na configuração histórica em que vivemos, na era do simultâneo, das justaposições, da confluência do longínquo e do próximo, do lado a lado e do disperso, a teoria foucaultiana nos permite “escavar o solo” do presente para problematizar esse mundo que nos é dado a ver, a enunciar e a interpretar verdades possíveis. 
Esta obra discute alguns mecanismos que compõem relações de saber-poder, de práticas e estratégias (in)visíveis pela produção e reprodução nos espaços que constituímos e que nos constituem. Se por um lado, os sujeitos hoje têm à sua disposição, espaços discursivos de inclusão, de inserção, por outro lado, é preciso pensar nas invisibilidades silenciadas nos já-ditos materializados nessas Cartografias Discursivas.
Ao mapear “outros espaços”, heterotópicos, como a web e as festas populares, pretendemos analisar um conjunto de táticas e procedimentos de controle que, se por um lado, nos esquadrinham, disciplinam, normatizam as nossas condutas sociais, em contrapartida, nos impele à luta nos espaços de enfrentamento, de resistência, uma vez que segundo o próprio Foucault, o poder só se exerce sobre homens livres.

Nenhum comentário:

Postar um comentário